A maior parte da energia elétrica do Brasil provém de hidrelétricas. O consumo de energia elétrica aumenta com o passar do tempo, e a produção de energia também precisa aumentar.
Apesar das hidrelétricas serem consideradas fontes energéticas limpas, elas causam sim um impacto socioambiental relevante. Por isso, vemos diversas manifestações contra o uso dessa fonte de energia, como em Belo Monte.
Geralmente essas manifestações não impedem a construção das mesmas, porém podem levar a uma revisão do projeto de modo a reduzir os impactos causados pelas hidrelétricas.
Sobre as usinas hidrelétricas
A força da queda de um grande volume de água é utilizada para movimentar as turbinas que acionam o gerador elétrico.
Essa quantidade de água geralmente vem de grandes represas formadas pela construção de barragens ou vem diretamente do rio, isso é chamado de fio d'água, são hidrelétricas que não requerem grandes reservatórios para funcionarem.
A construção da barragem provoca graves alterações no ecossistema como, a destruição da vegetação natural da área, o assoreamento do leito dos rios, o desmoronamento de barreiras, a extinção de espécies de peixes. Sem citar os impactos sociais diretamente ligados ao deslocamento de populações ribeirinhas.
É uma fonte de energia limpa?
Até pouco tempo acreditava-se que as hidrelétricas eram uma fonte de energia limpa e não poluente. Hoje, sabemos que elas causam grandes impactos ambientais, como a decomposição da vegetação submersa que dá origem a gases como o metano, o gás carbônico e o óxido nitroso, que causam mudanças climáticas.
Colocando numa balança as hidrelétricas são menos poluentes que as termelétricas, que emitem outros tipos de gases tóxicos para o meio ambiente, como o dióxido de enxofre e de nitrogênio, além de materiais prejudiciais à saúde.
Veja agora, uma lista dos principais problemas gerados pelas usinas hidrelétricas:
Ambientais
Destruição da vegetação natural;
Poluição das águas, contaminações e introdução de substâncias tóxicas;
Extinção de espécies de peixes, por interferência nos processos migratórios e reprodutivos, como é o caso da espécie Piracema;
Desmoronamento de barreiras.
Sociais
Deslocamento de populações ribeirinhas, indígenas, quilombolas ou tradicionais;
Aumento de casos relacionados a doenças hídricas, como a malária e a esquistossomose;
Inundação de áreas agricultáveis ou utilizáveis para pecuária ou reflorestamento;
Intensificação de atividades extrativistas no interior da bacia hidrográfica do reservatório.
Como diminuir os impactos
Uma das possibilidades é a construção de usinas hidrelétricas "a fio d'água", que são aquelas que não precisam de reservatório de água.
A desvantagem desse tipo de usina é que ela usa o fluxo de água próprio dos rios, ficando à mercê do volume de chuvas para a geração de energia. Em tempos de cheia a produção de energia aumenta, e em tempos de seca, diminui.
Devido a sua grande dependência aos ciclos pluviais, a usina fio d'água não fornece segurança energética ao país.
Outra solução para diminuir os impactos causados pelas hidrelétricas são as fontes de energia limpa e renovável, como é o caso da energia solar e eólica. Infelizmente esse modelo de geração ainda não domina a matriz energética do Brasil, mas podemos dar passos para chegar a ser um país mais sustentável e responsável com o meio ambiente. Energias geradas através da luz solar e pela força do vento são ótimas soluções para todas as outras fontes de energia perigosas e poluentes.
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